RUBENS PILEGGI SÁ
( BRASIL – RIO DE JANEIRO )
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Professor Assistente em Teoria e Processos da Arte Contemporânea na Universidade Federal de Goiás; 2010 Mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. 2004 Licenciatura em Artes Visuais, pela Universidade Estadual de Londrina.
Escreveu no jornal Folha de Londrina de 1999 até 2007, assinando semanalmente a coluna “Alfabeto Visual”, sobre arte contemporânea. Idealizador e coordenador do DIA DO NADA (http://nothingday.blogspot.com), manifestação de ação pública urbana que ocorre na primeira segunda-feira de maio, desde 2002. Autor do livro ALFABETO VISUAL, publicado em setembro de 2003. Idealizou e coordenou o evento “Arte em Circulação”, com patrocínio da Caixa Cultural, levando artistas do Rio de Janeiro para troca de experiências com coletivos e artistas de Curitiba/Pr. sobre gestão autônoma e agenciamentos de circuitos – maio/ 2008.
Contemplado pela Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro para desenvolvimento do projeto artístico Cromo Sapiens – 2010.
Biografia: https://www.blogger.com/profile/11218571998324534561
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POESIA SEMPRE. Minas Gerais. Número 22. Ano 1. Janeiro – Março 2006. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2006. ISSN 0104-0626. Ex. biblioteca de Antonio Miranda
O Fantasma do poeta
(AO LEMINSKI, Q SEU CONHECIA A OBRA E AO CARLÃO,
POR UMA OBRA POR FAZER)
Um fantasma me aparece
em todo poema q faço
Nome que se leva em conta
mais por questão de estilo
do que do espaço
q se destila
Em mil ilhas
Onde me perco
antes de tê-las
Território q todo poeta
avista
Mas só o tem
quando essa terra
conquista
Longa labuta
q na batalha
e na peleja
a luta valha
E seja
Ao mais corajoso
dado o que lhe é
devido
Ele
q se entrega a tudo
e fundo
Ouvindo o q já está escrito
O MUNDO
Passa-o agora
em revista
São de suas próprias mãos
Poeta
Artista
De onde esse jorro
Vem
São nossas as palavras
q donos não tem
Tudo o q há é
só uma linha
a se copiar
Q se decalca
da vida
Com toda a experiência
sentida
Ás vezes apenas
para saudar um nome
dentro de um poema enorme
feito para te lembrar.
Ausente que se faz presente
é hora de me deixar!
Pois se vai usar
a minha tinta
Para escrever
no seu estilo
Então tome a pena
e faça você mesmo
seu próprio poema
Uma poça na bola: espelho estilhaçado
Estava mais estranho que o frankstein
Cada pedaço dele
e além dele
ele, mais além
Fazia chover no dia e hora
programado pelo noticiário atrasado
As garotas usavam botas
e gostavam ser notadas
ao atravessar a poça d´água
Com as botas molhadas
Fingiu mais um interesse
mas não estava acerto de nada
A não ser que imitava
um jeito de ser de outro
OlhO
que é olhado
Senha para, desesperado
sentir o corte
o contorno da figura, delineado.
As botas das garotas
saíram do armário
Esse desejo, satisfeito, delas
ninguém tira,
elas estão na mira
pelos dois lados do espelho.
*
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Página publicada em agosto de 2024
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